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Siderurgia & Mineração

CST escolhe consórcio europeu para construir novo alto-forno

SÉRGIO RIPARDO da Folha Online

A CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) planeja desembolsar neste ano US$ 270 milhões para investir na sua expansão.

O diretor de relações com investidores da empresa, Leonardo Horta, prevê o início da obra de construção do terceiro alto-forno no final deste primeiro trimestre, com término no fim do primeiro semestre de 2006.

Ontem, a siderúrgica escolheu um consórcio europeu que deve construir o alto-forno, em regime de 'turn-key' (entrega do equipamento em operação).

O preço final do contrato ainda está em negociação. O contrato deve ser assinado no prazo de um mês, segundo Horta. O consórcio escolhido pela CST é formado pela austríaca VAI (Voes-Alpine), a belga Paul Wurth e a alemã Ferrostaal.

Caso não entre em acordo com esses fornecedores sobre o valor do contrato, a CST vai escolher um dos outros dois participantes da disputa -- o consórcio entre a alemã SMS e a japonesa JFE ou o consórcio entre as japonesas Marubeni e NSC.

Produção e preços

A CST prevê produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço e 2 milhões de toneladas de bobinas a quente em 2004. No ano passado, produziu 4,7 milhões de toneladas de placas e 1,2 milhão em bobinas.

O diretor de relações com investidores da empresa disse que a produção de placas se voltará basicamente para exportação, e 500 mil toneladas de bobinas devem ser vendidas no exterior.

Ele previu o preço médio da placa entre US$ 250 e US$ 270 a tonelada neste ano, acima do valor registrado em 2003 (US$ 237). Já a bobina deve ficar entre US$ 310 e US$ 330 a tonelada, também acima do preço do ano passado (US$ 298).

'Os preços, tanto da placa como da bobina, tendem a ser melhores em 2004.'

Ele disse que os custos do setor estão pressionados. Reclamou dos preços do frete, principalmente na Ásia. Citou que o reajuste do preço do carvão ainda está sendo negociado e deve ficar ajustado ao aumento do minério de ferro. Ele evitou afirmar se essa negociação é feita por cada siderúrgica ou em conjunto.

Em 2003, a CST lucrou R$ 910 milhões, o melhor resultado da empresa no Plano Real e um aumento de 564% em relação ao obtido no ano anterior (R$ 137 milhões). A queda do dólar, os maiores preços de venda, o melhor mix de produtos com a venda de bobinas, ajudam a explicar esse desempenho.

Fonte: Folha de São Paulo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/02/2004

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