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FecharDados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) mostram que, em 1999, as 14 maiores siderúrgicas da América do Norte (Canadá incluído) produziam 72,6 milhões de toneladas de aço. Na Europa, seis grupos dividiam a produção de 115 milhões de toneladas e na Ásia os oito maiores fabricavam um volume de 117,7 milhões de toneladas. 'A concentração vem ocorrendo na Europa e Ásia e ainda é pequena no continente americano', diz o analista de um grande banco de investimento.
Além do porte, as usinas norte-americanas passam por dificuldades financeiras. Com plantas industriais obsoletas elas amargam a concorrência internacional no próprio quintal e contabilizam perdas financeiras vultuosas. Em 1995, por exemplo, o mercado norte-americano importou mais de 22 milhões de toneladas de aço. Esse volume saltou para quase 40 milhões de toneladas no ano passado, segundo dados da American Metal Market.
O pico da crise foi a concordata da gigante LTV Steel, a quarta maior siderúrgica norte-americana, capacitada para 7,6 milhões de toneladas por ano. Desde novembro, cinco siderúrgicas já entraram em concordata. Além da LTV, a Wheeling-Pittsburg, Northwestern Steel and Wire, CSC e Heartland Steel. A Wheelling, por exemplo, produz 2 milhões de toneladas por ano e tem um valor de mercado estimado em apenas US$ 23 milhões.
O governo norte-americano, recentemente, abriu uma linha de financiamento para socorrer as usinas em dificuldades no valor de US$ 1 bilhão. Os recursos foram destinados para fornecer garantia às empresas que não contavam com fiadores para levantar empréstimos no sistema bancário privado. Até o final do ano passado, somente uma quantia de US$ 550 milhões tinha sido usada por sete empresas, de um extenso grupo que não conseguia obter crédito. Outro lance nessa crise da siderurgia dos Estados Unidos foi o recente pedido para a abertura de um estudo que pode levantar barreira às importações de produtos semi-acabados de aço.
A nova onda nacionalista partiu das mineradoras locais, arrastadas para o centro da crise pelas próprias usinas de aço, que reduziram suas compras de minério de ferro.
Fonte: Gazeta Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/02/2001