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FecharO intercâmbio tecnológico Japão-Brasil promovido pela Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation (NSSMC) foi tema do painel "De uma Ponta a Outra", parte da programação do 28º Simpósio Minero-Metalúrgico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na quarta-feira (18). Entre os temas abordados, destacou-se a importância da transferência de tecnologia da gigante japonesa para o desenvolvimento da siderurgia brasileira nas últimas décadas.
Integrante do painel, o aluno Guilherme Soares trouxe atenção para a dedicação dos japoneses em atingir a excelência tecnológica. "O centro de pesquisa e engenharia de Futtsu, no Japão, conta com mil funcionários e um orçamento de US$ 600 milhões por ano, o que é bem próximo do orçamento que o nosso Ministério da Ciência tem, que é de US$ 898 milhões", pontuou o mestrando. Ele fez parte do grupo de estudantes selecionados para uma viagem ao Japão, promovida pela NSSMC em parceria com a UFMG, em julho deste ano.
Além dos esforços na área de pesquisa, os integrantes do painel também apresentaram as qualidades das usinas de Kimitsu e Nagoya. O mestrando Victor de Oliveira chamou atenção para a preservação dos altos-fornos e equipamentos das usinas. "é muito impressionante o bom estado dos fornos após 15 anos de funcionamento intenso", ressaltou. Já Marcos Auad falou sobre as áreas de aciaria e laminação, tanto em termos de produção, quanto de reciclagem de materiais e recursos, como a água, por exemplo. "Foi a melhor usina de todas que já tive a oportunidade de visitar", disse.
O Chefe de Escritório da NSSMC em Belo Horizonte, Osamu Nakagawa, abriu o painel e reafirmou a importância de Minas Gerais e da Usiminas para a empresa. Em seu discurso, o executivo ressaltou que "a Usiminas é a única usina integrada que temos ao redor do globo, capaz de trabalhar todo o processo de fabricação do aço. Portanto, a Usiminas foi, é e continuará sendo o principal projeto da nossa companhia na América Latina". Durante sua fala, Nakagawa ainda agradeceu aos 60 anos de intercâmbio tecnológico e cultural Brasil-Japão e mostrou-se otimista em dar continuidade ao projeto nos próximos anos.
Intercâmbio - "Se para mim, que só assistiu à palestra já foi enriquecedor, imagino para eles que foram para o Japão", foi a reflexão do aluno Victor Caldas, do sexto período de Engenharia Metalúrgica da UFMG. Para ele, o painel foi muito gratificante, uma vez que permitiu um melhor entendimento da aplicação da tecnologia da NSSMC e como ela ocorre no Brasil.
O Simpósio foi organizado pelo Grêmio Minero-Metalúrgico Louis Ensch (GMMLE) e tem como principal objetivo colocar os alunos em contato com grandes empresas do setor, para que estes tenham uma melhor visão de mercado. A participação da NSSMC este ano foi engrandecedora, de acordo com o vice-presidente da instituição estudantil, Felipe Caldas.
Para ele, o painel "despertou o interesse dos alunos de ir para o Japão, de sair do Brasil e buscar novas tecnologias e novos conhecimentos". Ele ainda agradeceu a iniciativa da NSSMC com a UFMG. "Tem tanta tecnologia lá fora, tanta pesquisa se desenvolvendo, acho que é o interesse de qualquer engenheiro participar dessa experiência", destacou.
Há 60 anos como uma das principais acionistas da Usiminas, a Nippon Steel & Sumitomo Metal é líder mundial em produção integrada de aço. Produz uma ampla gama de produtos siderúrgicos de valor agregado, em mais de 15 países, assim como nas 13 usinas no Japão.
A empresa enfatiza três áreas de negócios como áreas estratégicas chave: produtos de aço de alta qualidade para automóveis; recursos e energia; e engenharia civil, construção e ferrovias. A NSSMC é um holding com cinco operações: siderurgia, engenharia, produtos químicos, novos materiais e soluções de sistemas. O grupo emprega aproximadamente 92 mil funcionários e registrou no último ano fiscal (encerrado em 31 de março de 2017) um lucro de 174,5 bilhões de ienes (US$ 1,6 bilhão).
Fonte: Diário do Comércio
Seção: Cursos & Eventos
Publicação: 20/10/2017