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Siderurgia & Mineração

Defeito pára alto forno da Acesita

A principal unidade da usina está fora de produção desde 15 de outubro e já inicia reativação. A Acesita, fabricante de aços siliciosos e inoxidáveis, está com o maior de seus dois altos fornos, o número 2, fora de produção desde o dia 15 de outubro. 'O equipamento apresentou defeito no sistema de refrigeração e foi necessário desligá-lo por alguns dias para reparos, mas as perdas na produção praticamente não vão alterar nossa programação para este final de ano', disse o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Gilberto Audelino Corrêa.

O alto forno parado tem capacidade de produção de 1.350 toneladas de ferro gusa por dia. Segundo Corrêa, o defeito no sistema de refrigeração já foi sanado e o alto forno já entrou em processo de reativação. Esse processo leva alguns dias, porque o equipamento tem que ser acionado aos poucos. 'Esperamos voltar à operação normal por volta do próximo dia 11 de novembro', disse Corrêa.

Ele acrescentou que as perdas com a paralisação do alto forno, durante cerca de 30 dias, serão 'mínimas em termos financeiros'. A Acesita redirecionou seu alto forno número 1 exclusivamente para a produção de aço inoxidável, seu produto de maior valor agregado. Esse alto forno tem capacidade para 650 toneladas por dia de gusa. Além disso, a produção primária de aço foi reforçada com o acionamento de fornos elétricos para aproveitamento de sucata de ferro.

Com o manejo da linha de produção, as perdas vão se concentrar em linhas de aço carbono, que são os de menor preço e importância no 'mix' da Acesita. Segundo Corrêa, essas perdas não serão maiores do que 4 mil toneladas de aço carbono. 'Isso vai significar, a grosso modo, uma perda de receitas de no máximo R$ 4 milhões para um faturamento mensal de R$ 164 milhões, o que é um impacto mínimo', disse ele.

O acidente surpreendeu a Acesita no momento em que sua usina vive uma fase de boa performance, em conseqüência de uma série de melhoramentos nos equipamentos e logo após a desativação de uma antiga e antieconômica linha de produção de barras de aço carbono para fins industriais. A empresa também concluiu, no início deste ano, um programa de investimentos que, nos últimos oito anos, demandou US$ 780 milhões, para elevar a capacidade de produção de aço bruto para 850 mil toneladas anuais.

A linha de aços inoxidáveis foi ampliada de 270 mil para 450 mil toneladas anuais com vistas a disputar espaços no mercado externo, já que o consumo brasileiro não ultrapassa as 170 mil toneladas por ano. Com o apoio do sistema de comercialização de seu antigo controlador, o grupo francês Usinor, atualmente membro da corporação européia Arcelor, maior fabricante de aço do mundo, a Acesita tem conseguido abrir merca-dos, especialmente na Ásia.

Exportações em alta

Este ano, coincidindo com a entrada em operação total de sua usina da Acesita, localizada em Timóteo (MG), o mercado internacional de aço inoxidável entrou em fase de boa demanda e recuperação de preços. 'No ritmo em que estamos operando, vamos fechar o ano com exportações de 150 mil toneladas de inoxidáveis', disse Corrêa. Segundo ele, o aço inox já representa 50% do negócio da Acesita. Do total da produção da empresa, que inclui os aços especiais de silício para uso na indústria elétrica, 57% estão sendo exportados este ano.

Fonte: Gazeta Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/11/2002

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