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Aços & Ligas | Aços e Ferros Fundidos | Aços Inoxidáveis

09 - Soldabilidade dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

O silício e o molibdênio favorecem a formação de ferrita delta nos aços inox martensíticos, assim como   o alumínio. O nióbio e o vanádio formam carbetos estáveis. O resfriamento lento favorece a formação de austenita e a minimização da presença de ferrita delta. Como a martensita é dura e frágil, a presença de concentradores de tensões, sob a forma de defeitos introduzidos com a soldagem, como falta de penetração, poros, inclusões não metálicas e outros, favorece a iniciação e a propagação de trincas. Outra fonte de problemas é a presença de hidrogênio no ambiente ao qual a peça soldada estará submetida: sendo muito pequenos, os átomos de hidrogênio apresentam elevada solubilidade e difusividade nos aços, principalmente na austenita. Com a redução da temperatura e com a transformação da austenita em martensita, ocorre acentuada queda de solubilidade. Os átomos de hidrogênio tendem então a se recombinar formando hidrogênio gasoso nos espaços proporcionados pelos defeitos, expandindo-se de modo a formar trincas (“a frio”).

Prevenção do trincamento nos aços inoxidáveis martensíticos

Além de evitar elevados teores de carbono, que tornam os aços inox martensíticos ainda mais duros e frágeis e também minimizar restrições geométricas na junta soldada, outras providências podem ser tomadas para minimizar ao aparecimento de trincas neste tipo de material ao ser soldado:

•    Evitar a contaminação pelo hidrogênio, proveniente de diversas fontes, como umidade, sujeira e, eventualmente, atmosfera (gases hidrogenados).
•    Pré-aquecimento da junta soldada: reduz as tensões térmicas de dilatação/contração, relaxa as tensões internas.
•    Uso de metal de adição austenítico, que evita a formação de martensita dura e frágil na solda e apresenta maior solubilidade  e menor difusividade do hidrogênio. A ferrita delta também reduz o risco de trinca a frio.

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