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Este tipo de ferro fundido é conhecido também como “ferro fundido semi-dúctil” ou “ferro fundido com grafita vermicular”. É, por assim dizer, um produto intermediário entre o ferro fundido cinzento e o ferro fundido nodular. Desse modo, apresenta melhor resistência mecânica que o ferro fundido cinzento, além de alguma ductilidade. Além disso, o seu acabamento por usinagem é superior ao que se verifica com o ferro fundido cinzento.
Por outro lado, em relação ao ferro fundido nodular, possui maior capacidade de amortecimento e condutibilidade térmica mais elevada.
Esses característicos são devidos à forma da grafita, que se apresenta mais arredondada e mais grosseira, de modo que a estrutura pode ser considerada como intermediária entre a do ferro fundido cinzento e a do ferro nodular.
Em algumas aplicações como rotores de freios de discos e cabeçotes de motores diesel, ele é superior tanto ao ferro fundido cinzento como nodular.
A faixa de carbono e silício nesses tipos de produtos é ampla, podendo variar de 3,00 a 3,80% de carbono e 1,00 a 3,50% de silício. O importante é que o ótimo carbono equivalente CE seja escolhido em função da espessura da secção, de modo a evitar-se flutuação de carbono quando o CE é muito elevado ou excessiva tendência de coquilhamento quando o CE é muito baixo. O teor de manganês pode variar entre 0,1 a 0,6, dependendo de desejar-se uma estrutura ferrítica ou perlítica. O fósforo é mantido abaixo de 0,06%, de modo a ter-se a máxima ductilidade da matriz. O teor de enxofre deve ser inferior a 0,025%. Para produzir a estrutura compacta da grafita, pode-se adicionar um ou mais dos seguintes elementos: magnésio, terras raras (cério, lantânio, prasiodímio etc.), cálcio, titânio e alumínio.
A quantidade de magnésio deve ser tal a resultar um teor residual desse elemento de 50 a 600 ppm, na presença de 0,15 a 0,50% de titânio e 10 a 150 ppm de terras raras como o cério.