Atenção
FecharO acordo pôs fim a impasse que colocava a Eletronorte em situação delicada, já que cerca de 25% de sua capacidade de geração de energia elétrica ia para a Albrás. No mês passado, venceu o contrato que vigorava há 20 anos, com tarifa fixa em torno de US$ 11 e o novo modelo do setor elétrico só permitia renovação até 2010. A Albrás ofereceu em torno de US$ 15, a Eletronorte queria US$ 22. O leilão foi marcado pela Vale a despeito da interferência da Eletrobrás, que buscava um acordo mais rentável para a geradora.
‘‘Foi um bom negócio para as duas empresas’’, avalia André Segadilha, analista do setor elétrico do Banco Brascan. ‘‘A Eletronorte tem um problema sério de localização e não teria para quem vender essa energia. A Albrás também não teria de quem comprar em situação melhor, já que atualmente há falta de energia no Nordeste. O preço foi barato para a Albrás e não foi prejudicial à Eletronorte’’, comentou, referindo-se às dificuldades de a geradora despachar a energia produzida no Pará devido à falta de linhas de transmissão.
No acordo, além de pagar pela energia – 750 MW médios, o correspondente à produção de uma termoelétrica inteira – , a Albrás se propõe a assegurar uma participação a favor da Eletronorte quando o preço do alumínio for superior a US$ 1.450 a tonelada. Também foi proposta uma pré-compra de energia no valor total de R$ 1,2 bilhão.
Fonte: Jornal do Commercio
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Publicação: 05/05/2004