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Indústria & Economia

Desemprego no País foi de 8,3% de abril a junho

A taxa de desemprego no País ficou em 8,3% de abril a junho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reúne dados de todos os estados. A taxa é a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. No segundo trimestre de 2014, o desemprego tinha sido

de 6,8%. Frente ao segundo trimestre do ano passado, o desemprego subiu em todas as regiões.

A população desocupada no país chegou a 8,4 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 5,3% frente ao trimestre anterior. Na comparação com 2014, o aumento é de 23,5%, ou 1,587 milhão de pessoas a mais nesse grupo frente ao segundo trimestre de 2014. Já a população ocupada era de 92,2 milhões de pessoas, estável em relação ao trimestre anterior e ao segundo trimestre de 2014.

A força de trabalho ­ que considera quem está trabalhando e quem está em busca de trabalho ­ chegou a 100,566 milhões de pessoas no segundo trimestre, um aumento de 1,747 milhão de pessoas frente ao segundo trimestre de 2014 (1,8%) e de 609 mil pessoas (0,6%) em relação ao
primeiro trimestre. Já a população ocupada se manteve estável nas duas comparações, segundo o IBGE. Isso significa que aumentou a parcela daqueles em busca de emprego, o que pressiona o mercado de trabalho e ajuda a elevar a taxa de desemprego.

"Temos um aumento da taxa de desocupação em função da maior procura e uma geração de trabalho que não atende isso. Houve até geração de postos de trabalho, mas inferior ao necessário para manter o desemprego estável. A população ocupada está estável e tem uma pressão maior do mercado de trabalho", afirmou o coordenador das pesquisas de emprego do IBGE, Cimar Azeredo.

O emprego com carteira assinada recuou no país: o total de trabalhadores nesse grupo caiu 2,6% em relação ao segundo trimestre de 2014, ou quase um milhão de pessoas a menos (971 mil). Ao todo, eram 35,909 milhões de trabalhadores. Ao mesmo tempo, quase um milhão de pessoas (989 mil) passou a fazer parte dos que trabalham por conta própria, uma alta de 4,7%
em relação ao segundo trimestre de 2014.

Renda menor ­ 

A piora no mercado também pode ser observada na queda da renda dos
trabalhadores do setor privado sem carteira assinada. Esse montante foi de R$ 1.039 no segundo trimestre, 4,9% menor que no segundo trimestre de 2014, ou R$ 54 a menos. Na comparação com o primeiro trimestre, o recuo foi de 4,4%.

Quase 40% (38,7%) das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho no segundo trimestre, ou seja, não estavam trabalhando nem buscando trabalho no período.

Daqueles fora da força de trabalho, 35,1% eram idosos (pessoas com mais de 60 anos), enquanto aqueles com menos de 25 anos representavam 28,8% do total.

Azeredo reconhece que pode haver mais pressão no mercado de trabalho daqui para a frente. O total de trabalhadores com carteira assinada caiu em quase um milhão de trabalhadores frente ao segundo trimestre do ano passado. São trabalhadores que tinham acesso a benefícios trabalhistas como o seguro­desemprego e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

No segundo trimestre do ano, o rendimento médio do trabalhador brasileiro ficou em R$ 1.882, o que representa uma queda 0,5% em relação ao primeiro trimestre e alta de 1,4% na comparação com o segundo trimestre de 2014. Segundo o IBGE, no entanto, esse resultado foi considerado estável nas duas comparações. A massa de rendimento dos trabalhadores foi de R$ 167,905 milhões no segundo trimestre, o que segundo o IBGE sugere estabilidade frente ao trimestre anterior (R$ 168,398 milhões) e ao segundo trimestre de 2014 (R$ 165,229 milhões).

Segundo o IBGE, a parcela dos trabalhadores no setor privado com carteira de trabalho assinada chegava a 78,1% no segundo trimestre, ou seja, estável frente ao segundo trimestre de 2014.

O movimento, no entanto, sugere piora do mercado. Nos dois anos anteriores, o emprego com carteira assinada tinha avançado. Na passagem entre 2013 e 2014, houve aumento de 1,7 ponto percentual, enquanto entre 2012 e 2013 essa alta foi de 0,9 ponto percentual.

Em um sinal da desaceleração do mercado de trabalho, o nível de ocupação caiu de 56,9% no segundo trimestre de 2014 para 56,2% no segundo trimestre de 2015. O indicador mede a parcela da população ocupada em relação à população e em idade de trabalhar. (AG)

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/08/2015

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