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Construção, Obras & Infraestrutura

Empregos estão indo embora na construção civil

Beto Carlomagno

Seguindo a tendência iniciada em setembro, a região de Rio Preto fechou mais um mês em baixa na geração de empregos na construção civil, como aponta a pesquisa de emprego elaborada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Durante outubro, os 144 municípios que compõem a região tiveram queda de 0,93% em relação a setembro, o que representa a eliminação de 297 vagas de trabalho com carteira assinada no setor. Hoje a região tem 31.635 trabalhadores registrados no setor. 

E a tendência de queda chegou a Rio Preto. A cidade, que até o mês passado resistia entre as outras da região com mais contratações que demissões, fechou outubro também com saldo negativo. Foram fechadas 34 vagas de trabalho no período, uma queda de 0,28% em relação ao mês de setembro. No total, o município emprega 12.277 trabalhadores formais. Para o economista Edgar Antônio Sbrogio, a situação já era esperada. "É um reflexo do que já estava acontecendo em outras regiões. A região ainda vinha obtendo bons resultados, mas é impossível ficar isolado para sempre. Uma hora os efeitos acabam chegando." 

No entanto, a construção civil tem uma vantagem diante de outros setores. "Os problemas são menores porque muitas obras não podem ser paradas no meio, o que faz com que normalmente as demissões sejam em menor escala, no máximo uma redução no pessoal trabalhando", afirma Sbrogio. O resultado foi ainda pior em Catanduva. Durante outubro, a cidade fechou 62 postos de trabalho, o que representa queda de 4,41 % em relação a setembro. Atualmente, o município emprega 1.343 pessoas. 

Em Fernandópolis, as demissões atingiram 35 trabalhadores diminuindo para 1.240 o número de pessoas formalmente empregadas na construção civil. A redução do emprego em relação a setembro foi de 2,75%. Votuporanga foi uma das poucas cidades da região com contratações em setembro. Foram criados 16 novos postos de trabalho, o que representa aumento de 1,68% em relação a setembro, elevando para 970 o total de trabalhadores formais no setor. 

No Estado de São Paulo, o indicador apresentou queda de 0,84% em outubro ante o mês anterior, com o saldo entre demissões e contratações ficando negativo em 7,2 mil trabalhadores. Com o resultado, o número de empregados na construção civil no Estado ao final de outubro somava 857,2 mil pessoas com carteira assinada. 

Todas as dez regiões pesquisadas apresentaram queda no período, sendo a de Presidente Prudente a região com o pior resultado, com queda de 4,74% em outubro, seguida por Santo André, com -2,47%. No total de vagas, a capital do Estado foi a que mais demitiu, com 2.095 trabalhadores a menos em outubro. Entre janeiro e outubro, o indicador registrou queda de 0,19%, com o corte de 1,6 mil vagas. Na comparação com outubro de 2013, quando o Estado registrava 878,6 mil trabalhadores, o levantamento apresentou baixa de 2,43%. 

O desempenho na região e no Estado é semelhante ao registrado em todo o País. Em outubro, a construção civil brasileira teve queda de 1,09% no nível de emprego quando comparado com o mês anterior. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em aproximadamente 38,4 mil trabalhadores com carteira assinada. Com isso, ao final do outubro o número de trabalhadores do setor somava 3,489 milhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o setor empregava 3,569 milhões, a pesquisa indica queda de 2,23%. 

Fonte: Diário Web
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/11/2014

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